
30 maio Inseminação artificial ou fertilização in vitro?
Depende do caso clínico de cada paciente. Inseminação artificial e fertilização in vitro são procedimentos da reprodução assistida, no entanto, são totalmente diferentes. A inseminação é considerada um procedimento de baixa complexidade e de preço mais acessível. Já a fertilização, é um tratamento mais complexo e de maior custo. Quem vai orientar qual o tratamento adequado é o médico especialista em reprodução humana.
A inseminação artificial, chamada também de inseminação intrauterina, é indicada quando os espermatozoides não conseguem alcançar o útero/embrião, impedindo assim a fecundação.
A inseminação intrauterina é a técnica que consiste, primeiramente, em estimular a ovulação através de medicações. Com o acompanhamento adequado por exames de ultrassom, o médico saberá qual o dia e horário exato que a paciente irá ovular e realizar a inseminação. No dia indicado, o parceiro deve coletar o sêmen por meio da masturbação. O material colhido é introduzido diretamente no útero da mulher com um cateter acoplado a uma seringa para que ele encontre os óvulos e haja a fertilização.
A fertilização in vitro tem algumas etapas parecidas com a da inseminação, como a primeira, que é a indução da ovulação por meio de medicamentos. Quando a mulher passa a ovular, há a aspiração de óvulos e no mesmo tempo a coleta de sêmen do parceiro. Após as coletas, óvulo e espermatozoides são fertilizados em laboratório para formar os embriões, que, quando “prontos”, serão inseridos no útero da mulher em procedimento semelhante ao da inseminação.
Ambos os procedimentos são seguros para a saúde da mulher se realizados por profissionais e centros de reprodução humana regulamentados.
Dr. Luiz Fernando Carvalho é ginecologista especializado em reprodução humana e endometriose. Doutor pela Cleveland Clinic, Universidade de São Paulo e Pós Doutor por Harvard, o médico é diretor da clínica Baby Center, além de membro da Sociedade Americana de Reprodução Humana (ASRM), Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE) e Sociedade Americana de Laparoscopia Ginecológica (AAGL).