A fertilização in vitro (FIV) vem avançando muito nos últimos tempos, porém ainda não permite uma participação muito ativa dos pais nos primeiros estágios do desenvolvimento do embrião. Isso é motivo de frustração para muitas mulheres que têm o desejo de ter contato com seu futuro filho desde os primeiros dias. Além disso, alguns estudos comprovam que o ambiente uterino é muito importante para o embrião nesse início, fornecendo algumas substâncias e nutrientes necessários para seu desenvolvimento que não estão presentes em meios de cultura utilizados em fertilização in vitro. Surgiu então uma nova tecnologia que pode mudar todo esse contexto: AneVivo!
O AneVivo foi desenvolvido por uma empresa suíça chamada Anecova e em 2017 foi registrado o nascimento do primeiro bebê através dessa nova técnica. O Anevivo é um dispositivo poroso e cilíndrico que é inserido no útero. Através dele, é possível inserir óvulos inseminados e gametas na cavidade uterina para fertilização nos estágios iniciais. Ele mantém os embriões na posição adequada e pode ser observado através de ultrassom.
O dispositivo AneVivo permite a passagem de fluidos, nutrientes e substâncias entre a paciente e o embrião, o que não acontece na fertilização in vitro tradicional. Na FIV, os primeiros estágios do embrião ocorrem em meio de cultura específico que não tem as mesmas propriedades do ambiente natural materno, podendo alterar o peso do bebê no nascimento, sua função vascular e expressão gênica.
Além disso, o AneVivo proporciona um envolvimento emocional mais intenso por parte da mãe fazendo com que seu corpo passe a reconhecer a presença dos embriões e inicie os preparativos necessários para implantação. O dispositivo é biocompatível, testado para desenvolvimento embrionário, confortável para a paciente e facilmente manipulado pelo ginecologista.
A Anecova desenvolveu uma fertilização in vivo única que permite que toda a fertilização ocorra dentro do útero materno. Esse tratamento pode ser realizado em combinação com a FIV tradicional ou com pouca/nenhuma estimulação ovariana.
No primeiro caso (Procedimento AneVivo Natural) os óvulos resultantes de estimulação ovariana são aspirados, fertilizados e logo em seguida, inseridos na cavidade uterina.
No segundo caso (AneVivo Ciclo Natural), a mãe segue seu ciclo menstrual natural, indo ao ginecologista especialista em reprodução todo mês para retirar um óvulo maduro (presente no folículo dominante). Depois de alguns óvulos coletados ao longo dos meses, a paciente inicia seu tratamento. Através desse tipo de tratamento é possível evitar o congelamento de embriões e reduzir a ocorrência da síndrome de hiperestimulação ovariana. É esperado que o AneVivo Ciclo Natural esteja disponível na rotina clínica em um futuro próximo.
A técnica também proporciona um papel ativo da paciente receptora de óvulos, permitindo que ela tenha contado com o óvulo doado nos primeiros estágios do desenvolvimento.
A grande inovação do AneVivo é proporcionar um envolvimento emocional materno e também paterno logo nos primeiros estágios de desenvolvimento do futuro filho do casal. O dispositivo proporciona um tratamento o mais próximo possível da concepção natural e permite a troca de fluídos, substâncias e nutrientes entre a mãe e o embrião, melhorando o desenvolvimento embrionário. Além disso, pode evitar o congelamento de embriões e reduzir a síndrome de hiperestimulação ovariana. AneVivo representa a preocupação da reprodução humana com o bem-estar das pacientes assim como os esforços dos pesquisadores e médicos para alcançar um tratamento cada vez mais parecido com a concepção natural.
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