Sintomas
Os sintomas da falência ovariana precoce se assemelham àqueles vivenciados por mulheres que estão em menopausa natural, com típica deficiência de estrogênio como ciclos menstruais irregulares, fogachos (ondas de calor), sudorese noturna, secura vaginal, irritabilidade, dificuldade de concentração, desejo sexual diminuído, infertilidade.
Complicações da Falência Ovariana Precoce
A infertilidade é a principal consequência da FOP. Na maioria das vezes, a mulher apresenta dificuldades para engravidar que também é agravada pela idade mais avançada, fator que sozinho já determina diminuição da fertilidade.
A osteoporose é uma complicação secundária que também está presente na menopausa natural. A osteoporose e osteopenia aumentam os riscos de fraturas ósseas.
Depressão e ansiedade são distúrbios comuns nessa fase de vida da mulher e devem ser acompanhados por um profissional da saúde.
Quando procurar um médico?
Se você percebeu que sua menstruação está irregular ou ausente há mais de três meses, procure um médico. A ausência de menstruação pode ser causada por vários fatores, inclusive gravidez, mudanças na rotina e estresse, porém, também pode ser um sinal de falência ovariana precoce.
Como diagnosticar?
Após a avaliação do seu ciclo menstrual, exposições recentes, histórico familiar, exames ginecológicos e anamnese, seu médico irá solicitar alguns exames como teste de gravidez, dosagem do Hormônio Folículo Estimulante (FSH), dosagem de estradiol, dosagem de prolactina, exame para diagnóstico de alterações cromossômicas (Síndrome de Turner) e teste genético FMR1 para síndrome do X frágil.
Como tratar?
O tratamento é realizado com o objetivo de amenizar os sintomas ocasionados pela falta de estrogênio já que a falência ovariana precoce em sim ainda não tem cura. Portanto, o seu médico pode indicar terapia estrogênica, reposição de cálcio e vitamina D e tratamentos para infertilidade de acordo com o seu quadro clínico.
Recentemente, foi descoberta uma nova técnica para tratamento da falência ovariana precoce que revolucionou a forma como enxergamos a doença. A Ativação Ovariana in vitro, do inglês in-vitro Activation (IVA) foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores na Universidade de Stanford, liderado pelo Professor Aaron Hsueh. Essa técnica permite que a mulher com falência ovariana precoce possa engravidar com os seus próprios óvulos liberados pelos seus próprios ovários através de ativação artificial de seus folículos dormentes. Ela não trata somente os sintomas, como o faziam as terapias até o momento, mas atinge a causa da falência ovariana precoce diretamente.
Através de alterações em genes, procedimentos cirúrgicos e in vitro, os ovários de mulheres com falência ovariana precoce voltam a funcionar normalmente. Mais de quinze bebês já nasceram através da IVA. A técnica ainda não está disponível no Brasil. Os estudos prosseguem para aprimorar esse novo tratamento.