A videolaparoscopia, conhecida somente por laparoscopia, é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que não envolve manipulação direta de órgãos. O cirurgião manipula as estruturas da cavidade abdominal através de pinças e as opera com “mini-tesouras”, sempre guiado por uma mini-câmera acoplada que provê imagens em tempo real das estruturas anatômicas em questão.
A laparoscopia pode ser aplicada às cirurgias ginecológicas para tratamento de endometriose, aderências tubárias, cistos ovarianos, doença inflamatória pélvica e miomas uterinos. Através de uma pequena incisão na região umbilical (10mm) e pequenas incisões na região abdominal (0.5 mm), o cirurgião introduz o laparoscópio acoplado à câmera que permite uma visão ampla dessa região. Dessa forma, é possível diagnosticar doenças que causam infertilidade.
As principais vantagens da laparoscopia em relação à cirurgia convencional abdominal (corte na região abdominal como uma cesárea) são:
Nos casos de endometriose, o médico ginecologista deve fazer um diagnóstico investigativo e abrangente para entender qual a gravidade da doença e onde estão localizados os nódulos endometrióticos. Para isso, ele pode realizar o exame de toque vaginal (para verificar se há algum cisto ou nódulo) e exame de sangue no período menstrual para o marcador Ca125 que pode informar sobre a gravidade da doença (apesar de não ser específico para endometriose). Além disso, o médico ginecologista irá realizar exames de imagem como ultrassom e/ou ressonância magnética para observar os nódulos e sua abrangência.
Em casos de endometriose leve, é possível abordar a doença com medicamentos hormonais (pílula anticoncepcional ou DIU com progesterona). Se o quadro médico não melhorar, é aconselhável realizar a excisão dos nódulos endometrióticos. Através da cirurgia, é possível tratar a doença ao retirar todos os nódulos e cauteriza-los.
Como a infertilidade é uma consequência da endometriose, aconselha-se que mulheres que estão planejando ter um filho e possuem endometriose realizem a retirada desses nódulos antes de iniciar o tratamento de fertilização in vitro, com o intuito de aumentar as chances de sucesso da FIV para alcançar a gravidez. Além disso, a endometriose pode ocasionar dores intensas, desconforto pélvico intenso, dor durante as relações sexuais e em alguns casos, diminuição da mobilidade dos membros inferiores (dificuldades para subir escadas ou andar). Esses sintomas impactam negativamente a vida da paciente e é aconselhável realizar a retirada dos nódulos endometrióticos para tratar a doença. O período pós-operatório é rápido e geralmente, com pouca intensidade de dor.
O médico ginecologista deverá avaliar o caso de endometriose, verificando sua gravidade e a abrangência dos nódulos. Desse modo, poderá tomar a conduta clínica adequada para abordar e tratar a doença.
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