A hidrossalpinge é uma consequência de inflamação prévia da tuba uterina que pode ser causada por endometriose ou infecção. As bactérias mais comuns que estão relacionadas com a hidrossalpinge são: Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Essas bactérias são agentes patógenos causadores de doenças sexualmente transmissíveis como a clamídia e a gonorreia. A bactéria entra em contato com a vagina, migra para o útero e atinge a tuba uterina, causando obstrução por acúmulo de líquido e inflamação.
As alterações tubárias contribuem para 25 a 35% dos casos de infertilidade feminina. Os principais sintomas são dor pélvica, febre e corrimento vaginal característico. Em alguns casos, a doença pode se manifestar silenciosamente, sem apresentar sintomas.
Cirurgias abdominais prévias, aderências pélvicas, endometriose e apendicite também podem originar a hidrossalpinge. Dessa forma, medidas preventivas como o uso de contraceptivos de barreira (camisinha), acompanhamento ginecológico e exames de rotina podem ajudar a evitar as infecções causadoras de hidrossalpinge.
Se o tratamento da infecção bacteriana for realizado de forma adequada com o uso de antibióticos em dosagem e posologia adequadas, a mulher pode não desenvolver hidrossalpinge. O diagnóstico dessa doença é realizado através de exames de ultrassonografia transvaginal, laparoscopia, histerossalpingografia (procedimento que utiliza contraste para verificar a permeabilidade das tubas) e ressonância magnética.
Se for indicada a retirada de uma tuba uterina, a mulher tem uma redução considerável nas chances de engravidar. Além disso, apresentar alterações em uma das tubas é fator de risco para apresentar o mesmo problema na outra tuba. Mesmo que a fertilização ocorra na tuba remanescente, os riscos de aborto e gestação ectópica (gravidez que ocorre nas tubas uterinas) são maiores.
A retirada das tubas uterinas (salpingectomia) pode ser realizada através de laparoscopia, técnica cirúrgica minimamente invasiva realizada por uma incisão no umbigo (10 mm) e três incisões na região abdominal (5 mm). A recuperação pós-operatória é rápida e apresenta poucas complicações.
Se for necessário retirar as duas tubas uterinas, a única alternativa para a gravidez é realizar o tratamento de fertilização in vitro. Ainda assim, a FIV pode não apresentar bons resultados. Uma possível hipótese é que o líquido presente nas tubas se desloca para a cavidade uterina e prejudica a implantação embrionária no endométrio. Portanto, a remoção das tubas antes de realizar o procedimento de FIV pode melhorar os resultados e aumentar as chances de gravidez.
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